Conheça algumas das histórias de jovens ativistas que participaram das nossas oficinas e que agora estão espalhando a mudança por aí,  desenvolvendo atividades em conjunto com povos indígenas, quilombolas, em periferias e comunidades diversas, levantando o debate sobre a defesa do meio ambiente e de direitos humanos para as mais diferentes realidades e pessoas. Assim, não só estão compartilhando e colocando em prática o conhecimento adquirido nas oficinas, mas também mudando a realidade de suas comunidades, estimulando a diversidade de ideias, inspirando e fortalecendo cada vez mais pessoas a conhecerem e reivindicarem seus direitos.

CAMILA SILVA

25 ANOS, CRUZ DAS ALMAS (BA)

Sua missão é conscientizar pequenos agricultores e trabalhadoras(es) do campo sobre os perigos do uso inadequado e exagerado de agrotóxicos e sobre alternativas a ele. Camila cresceu na área rural e via muitas pessoas reutilizando embalagens de agrotóxicos para guardarem a água que a família inteira beberia. Sua inspiração veio daí. Para mudar essa realidade, promoveu oficinas na sua comunidade, onde ensinou os agricultores da região a fazerem a biocalda, um pesticida feito com ingredientes naturais e que é uma alternativa sustentável e ambientalmente correta ao uso de agrotóxicos. Também promoveu bate-papos entre estudantes, pequenos produtores e trabalhadoras(es) do campo, para que pudessem trocar conhecimentos e experiências, além de pensarem coletivamente em soluções para o problema. Seu sonho é ajudar a desenvolver pessoas e criar sistemas de cultivo de alimentos que preservem a saúde da população e o meio ambiente.

caio áspet

23 anos, Campo Grande (MS)

+

raylson chaves

21 ANOS, CAMPO GRANDE (MS)

Eles se uniram para impedir o desmatamento no Parque dos Poderes. Para isso, convidaram a população da cidade para uma visita de observação das aves que vivem ali, e aproveitaram para explicar por que a manutenção do Parque é tão importante. Essa atividade que fez com que a população apoiasse o abaixo-assinado criado por Caio, que já tem mais de 11 mil assinaturas em defesa do Parque – área de lazer para campo grandenses que também ajuda a preservar o equilíbrio ambiental da região. Com isso, eles conseguiram uma liminar para suspender o desmatamento no Parque, uma grande vitória! 

GEOVANE GESTEIRA

21 ANOS, CRATO (CE)

Criou o projeto “Ser-Tão Transviado” na região do Cariri, ou Vale Encantado dos Cariris, como ele costuma chamar. A iniciativa trata dos direitos da comunidade LGBTQI+, oferecendo educação informal em direitos humanos por meio de oficinas e cursos de pequena duração que apresentem e discutam problemas nas políticas públicas para a população LGBTQI+. Como um jovem gay que sente diariamente o preconceito de muitas pessoas ao seu redor, sua inspiração veio de sua própria história, transformando sua dor em combustível para melhorar não só a sua vida, mas a de toda a comunidade LGBTQI+ da região. Geovane vem realizando oficinas de educação popular, minicursos sobre políticas públicas de saúde, voltada para a população negra e LGBTQI+ e também sobre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), entre outras atividades que levam informação sobre a defesa dos direitos humanos, diversidade sexual e de gênero. Com atividades de sensibilização e mobilização, ele está levando esperança e força às pessoas da comunidade LGBTQI+.

janio avalo

27 ANOS, amambai (MS)

Ele vive diariamente os problemas que indígenas enfrantam no Brasil desde a chegada dos colonizadores. Sua missão com este projeto é levar informação à sua comunidade, fortalecendo a luta por direitos. Os povos Kaiowá, Terena, Kadiwéu e Kinikinau, pertencentes a esta região, vêm sendo oprimidos há muito tempo pelo crescimento do cultivo de soja e gado para exportação pela expansão do agronegócio em suas terras. Indígenas são os guardiões das florestas – tanto das árvores e plantas quanto da vida animal que convive com a vida humana nesses territórios; enfrentam duros conflitos na resistência contra desmatamento em áreas protegidas, na batalha pelo acesso à moradia digna, acesso à água, ameaças de violência contra seus povos, entre outros. Janio aplicou as ferramentas que conheceu no Projeto Banana-Terra promovendo uma oficina no V Encontro da Juventude Indígena Guarani-Kaiowá, onde estimulou o diálogo entre a comunidade, orientou sobre direitos humanos e questões ambientais, estimulou a troca de experiências e a criação de um plano de ação em busca de soluções para os problemas que enfrentam.

andreza costa

26 anos, manaus (am)

Sua missão é estimular a juventude no bairro de Educandos, uma região de muita vulnerabilidade e violência em Manaus, a compreender e defender seus direitos. Sendo ela uma jovem negra que se mobiliza pelas causas das mulheres negras de sua região, viu a oportunidade de multiplicar todo o aprendizado do projeto às demais pessoas com a mesma realidade. Por isso, decidiu promover atividades sociais, de cultura, arte e debates para a população jovem da sua comunidade – e para isso, fez uma parceria com o Instituto de Cidadania, localizado numa antiga delegacia recentemente ocupada pelos moradores do bairro. Contou com a ajuda de grupos coletivos com o mesmo objetivo, como Negro Alexandrina, Igarapés Limpos, entre outros parceiros que ajudaram a ecoar a voz do ativismo jovem e a plantar essa semente na juventude de Educandos.

mayara alves

26 ANOS, manaus (am)

+

Alan delon

27 ANOS, manaus (am)

Gerar empatia e integração entre as etnias que vivem as mesmas dificuldades: foi com esse objetivo comum que seus projetos se uniram para fortalecer a luta indígena pela regularização de suas terras, a defesa de suas tradições e a defesa de sua cultura. Ao todo, cerca de 3.600 famílias participaram das atividades no Parque das Tribos e na comunidade indígena rural de Nova Esperança, na Grande Manaus. A dupla promoveu encontros de saberes com bate-papo entre jovens e antigas lideranças indígenas, oficinas, além de atividades de educação em direitos humanos.

lia ferreira

19 ANOS, arraias (TO)

Por meio de oficinas e atividades educativas, Lia compartilha seus conhecimentos e experiências com jovens quilombolas, com a população de Arraias e de municípios vizinhos, no sudeste do Tocantins. Historicamente, Arraias é uma cidade formada por pessoas que vieram da África e para serem escravizadas no Brasil, e que se organizaram em quilombos. Essas comunidades passam por sérios processos de perda de territórios e de direitos fundamentais. Além disso, são constantemente marginalizadas e invisibilizadas pela sociedade local, o que dificulta uma busca ativa por soluções e por melhores condições de vida para remanescentes de quilombolas que vivem na região. Assim, a missão de Lia tem sido estimular a união da comunidade na defesa de seus direitos, criando uma rede de ativistas que possam trocar experiências, conscientes de seus direitos. Hoje eles estão mais fortes para seguirem resistindo e buscando melhores condições de vida.

evando souza

19 anos, fortaleza (ce)

+

luana castelo

27 ANOS, fortaleza (ce)

Criaram uma rede de ativistas em Fortaleza, com o objetivo de promover a integração entre as comunidades que buscavam as mesmas melhorias, para que elas se ajudassem. Reuniram profissionais das mais diversas áreas de atuação, como história, biologia, direito, economia e meio ambiente, entre outras. Dessa forma, cada uma dessas pessoas poderia ajudar na área que domina, gerando uma rede de inteligência coletiva e formando um grupo forte e multiprofissional que estaria pronto para entrar em ação conjuntamente pelas demandas das comunidades.

frances andrade

24 ANOS, aracaju (se)

+

wylamys lima

22 ANOS, são cristóvão (se)

Eles perceberam que a comunidade tinha direitos humanos e ambientais negados por falta de informação e de união. Faltava saneamento básico e havia muitos problemas com moradia. Por isso, o objetivo era educar e conscientizar as pessoas sobre os seus direitos, para que pudessem reivindicá-los. Fizeram algumas reuniões participativas e chegaram ao diagnóstico socioambiental da região, acharam um objetivo comum e uma ordem de prioridades. Isso fortaleceu a comunidade rural de Espinheiro, em Simão Dias (SE), gerando uma rede multidisciplinar de apoio à comunidade.

patrícia marques

25 anos, goiânia (go)

+

cássia neves

30 ANOS, goiânia (GO)

A dupla tem levado informação, educação ambiental, ações sobre sustentabilidade, união e fortalecimento à Região Noroeste de Goiânia (GO). O Projeto Ascende Noroeste, desenvolvido pela Patrícia, busca valorizar a comunidade. Sua ideia veio ao sentir a desvalorização da comunidade periférica e ao vivenciar a falta de instrução sobre direitos humanos e ambientais. Hoje, o grupo organizado pela jovem conta com 20 ativistas que têm reunido ideias e cultivado o espírito de mudança, impulsionando a juventude das comunidades a se expressarem para ter espaço e buscar crescimento.

Agora é a sua vez! Estamos disponibilizando gratuitamente o manual Semeando o Poder: Um Guia Para Mudar o Mundo, que contém todo o conteúdo que oferecemos durante nossas oficinas. Nele, apresentamos alguns passos e ferramentas para ajudar qualquer pessoa interessada em criar, planejar e colocar em prática projetos que promovam as mudanças positivas que ela deseja para sua comunidade.

MENU