ilustração _pedro matallo (sobre reprodução de canais youtubE)

Engana-se quem pensa que é preciso muita idade ou experiência para defender seus ideais. Existem jovens ativistas que começaram cedo e já são defensoras e defensores dos direitos humanos e do meio ambiente. Trabalham por sociedades mais justas, pela preservação da natureza, pela educação de qualidade para todos, entre outros temas. Essas e esses jovens mudaram suas comunidades e estão mudando o mundo. Se você tem boas ideias, mas ainda te falta um empurrãozinho, conheça essas histórias e inspire-se!

rayanne cristine

defensora dos direitos indígenas

Rayanne é uma das fundadoras do Ambulatório de Saúde Indígena no Hospital Universitário de Brasília (HUB), que oferece um serviço de saúde que respeita a cultura e a identidade dos povos indígenas. Graduada em enfermagem pela Universidade de Brasília (UnB), ela se mudou para Brasília aos 17 anos. A mudança foi necessária porque seu pai, uma liderança Baré, denunciou fraudes no programa de saúde indígena e depois disso ela e sua família passaram a receber ameaças de morte. Na faculdade, ela teve que lidar com discriminação e preconceito e, para ela, estar na universidade e poder se formar foi um processo de superação. Como enfermeira e indígena, ela sonha, algum dia, levar práticas de saúde indígena a outros hospitais.

Daniela Patrocínio

defensora das florestas e dos direitos lgbtqi+

Dani, como é conhecida em sua comunidade é uma ativista ribeirinha de 21 anos, moradora da Floresta Nacional Prainha 2, na comunidade do Rio Tapajós. Ela viu em sua luta por manter as florestas de pé e cuidar das terras de seu povo a oportunidade de lutar também por outra causa, o direito de expressar livremente sua homossexualidade. Hoje é ativista ambiental e pelos direitos LGBTQI+, inspirando jovens no lugar onde vive a se aceitarem. Dani é um exemplo de representatividade e força em sua comunidade.

rene silva

defensor dos direitos humanos

Morador do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Rene viu na comunicação o poder que precisava para dar voz à sua comunidade e mudar a realidade de onde morava. Aos 11 anos, criou o jornal Voz da Comunidade, que tinha como objetivo mostrar o que acontecia na comunidade, a partir da visão de quem vive ali, todos os problemas sociais enfrentados por essas pessoas e não só a violência retratada na grande mídia. Aos 17 anos, Rene relatou pelo Twitter detalhes sobre a ocupação do Complexo do Alemão, servindo de fonte para os principais jornais do país.

greta thunberg

defensora do clima

Ela entendeu cedo que o aquecimento global era uma ameaça e decidiu fazer algo para mudar essa realidade. “Percebi que ninguém estava fazendo nada para impedir que isso aconteça, então eu precisava fazer alguma coisa”. Foi com este pensamento que Greta Thunberg, uma jovem sueca de 16 anos, deu início a um movimento internacional de greves de estudantes contra às mudanças climáticas. Ela falta às aulas todas as sexta-feiras e se senta em frente ao Parlamento sueco para exigir medidas concretas dos políticos contra o aquecimento global.

malala yousafzai

defensora da educação

Aos 11 anos, Malala começou a defender o direito das mulheres paquistanesas estudarem e ficou mundialmente conhecida após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola em outubro de 2012, quando tinha 15 anos. Hoje, o Fundo Malala garante a educação de cerca de 130 milhões de meninas pelo mundo. Em 2014, com apenas 17 anos, Malala foi premiada com o Nobel da Paz, a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio até hoje.

dylan mahalingam

defensor dos direitos humanos

Dylan passava a maior parte do seu tempo no computador. Assim, aos 9 anos, ele criou, nos Estados Unidos, uma fundação sem fins lucrativos cujo objetivo era utilizar o poder das mídias sociais para incentivar os jovens a se envolverem na luta para alcançar os Objetivos do Milênio das Nações Unidas. A instituição já mobilizou 3 milhões de crianças em 41 países ao redor do mundo, trabalhando em diversos assuntos, com mais de 24 mil voluntários regulares. Hoje, com 22 anos, Dylan diz que a sua história pessoal não tem nada de especial, mas as conquistas conseguidas ao longo dos anos dão muita cor aos seus dias. “O mais importante é que cada um sinta que é responsável pelo que acontece no mundo e que com poucas ações podemos ajudar quem precisa”.

Agora é a sua vez! Estamos disponibilizando gratuitamente o manual Semeando o Poder: Um Guia Para Mudar o Mundo, que contém todo o conteúdo que oferecemos durante nossas oficinas. Nele, apresentamos alguns passos e ferramentas para ajudar qualquer pessoa interessada em criar, planejar e colocar em prática projetos que promovam as mudanças positivas que ela deseja para sua comunidade.

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